De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão com sobrepeso, e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderá chegar a 75 milhões.
Na região Sudeste do Brasil, os números indicam: 38% de crianças de 5 a 9 anos e 22,8% de crianças de 10 a 19 anos estão com excesso de peso. Nos adultos, esse índice é de 50,45%.
“Sem dúvidas a obesidade deve ser considerada uma epidemia mundial. O Brasil já sofreu a transição nutricional e hoje a obesidade já ultrapassou e muito a desnutrição”, alerta a Dra. Cintia Cercato, médica da SBEM-SP.
A adoção de hábitos alimentares saudáveis é essencial para combater a obesidade. Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE 2015) detectou que o índice de consumo de guloseimas em São Paulo (47,7%) é maior que a média nacional (41,6%) O hábito de consumir refrigerantes no Sudeste (30%) também é maior que no país inteiro (26,7%). O consumo de salgados ultraprocessados é relevante: o Sudeste (32,9%) fica perto da média nacional (31,3%).
Meninos e meninas de 13 a 17 anos de idade apresentam taxas de sobrepeso quase iguais: 23,7% para meninos e 23,8% para meninas – percentual que corresponde a um total estimado de 3 milhões de escolares. Já o índice de obesidade entre os meninos da mesma idade é um pouco maior: 8,3% (contra 7,3% das meninas).
Quando não tratada, a obesidade está relacionada a doenças cardíacas, diabetes, doenças hepáticas e muitos tipos de câncer. De acordo com o World Obesity, caso não haja medidas urgentes para tratar ou prevenir a obesidade, a conta médica global anual para o tratamento das consequências da obesidade pode chegar a US$ 1,2 trilhão por ano até 2025.