“É importante que todos saibam que ninguém tem obesidade porque quer ou escolhe ser obeso, pois não é uma questão de força de vontade, determinação ou caráter. A genética contribui com 70% para o desenvolvimento da obesidade, somando-se a outros fatores determinantes como alimentação e sedentarismo. É importante lembrar que, se o peso de uma pessoa está se elevando, é porque ela está comendo mais que o necessário, e o excesso está se acumulando na forma de gordura”, explica a Dra. Maria Edna de Melo, médica da SBEM-SP.
Mas afinal como definir a obesidade? Trata-se do excesso de gordura corporal em quantidade que determine prejuízos à saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o diagnóstico através do índice de massa corporal (IMC), que é calculado utilizando a altura e o peso do indivíduo (IMC = peso (kg) / altura (m)2).
De acordo com a OMS, uma pessoa tem obesidade quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Os indivíduos que possuem IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados como sobrepeso, e já podem ter alguns prejuízos com o excesso de gordura.
Existe uma tendência da população em geral, e até de alguns profissionais de Saúde, de considerar uma pessoa obesa quando ela já tem um quadro mais grave, daí a importância de monitorar o IMC. A obesidade apresenta inúmeras complicações, e, de acordo com a tendência individual, ela pode desencadear, por exemplo, artrose, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico, apneia do sono e alguns tipos de câncer. A obesidade leva as pessoas a viverem menos e com pior qualidade de vida.
Tratamento – O tratamento inclui alimentação saudável com diminuição da ingestão de calorias e aumento da atividade física, podendo-se associar ao uso de medicamentos. Em casos mais graves e refratários, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.