“Já é sabido que o estresse pode levar ao aumento de peso. O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse. Entretanto, na grande maioria dos casos, o cortisol não é o vilão desse ganho excessivo de peso tampouco da dificuldade em perdê-lo. Além da predisposição genética, que varia de uma pessoa para outra, o estilo de vida do indivíduo é o que pode explicar essa facilidade em ganhar peso e ou a dificuldade em perdê-lo”, explica Dr. Sonir Antonini, endocrinologista da SBEM-SP e presidente do #COPEM2021.
O endocrinologista alerta para o modo correto de se fazer o diagnóstico de cortisol elevado (síndrome de Cushing), já que uma única medição não pode confirmar esse diagnóstico. “A produção desse hormônio em níveis acima dos normais só pode ser considerada quando é feito um exame de sangue com medição de cortisol em diferentes momentos do dia, para averiguar o ritmo circadiano, associada a outros testes hormonais. Além disso, alguns outros métodos para dosar cortisol, como o teste pelo fio de cabelo, por exemplo, não têm eficácia na prática clínica e não são recomendados por nós endocrinologistas”.
Causas comuns de cortisol elevado – Quando o organismo passa a produzir excesso de cortisol, que é causado por tumores na glândula hipófise ou na suprarrenal, ocorre a síndrome de Cushing. Esta doença é rara e muito grave. Por outro lado, muitos pacientes precisam de doses elevadas de glicocorticóides (como o cortisol) como medicamento para tratar doenças reumáticas, autoimunes e alguns tipos de cânceres. O uso de doses altas e por tempo prolongado desses medicamentos também causa síndrome de Cushing. Neste caso a causa é externa (exógena). Seja qual for a causa, uma vez detectado produção excessiva de cortisol, o passo seguinte é descobrir a causa, que pode ser um tumor. É importante que este diagnóstico seja feito apenas por profissional experiente. O tratamento padrão é a cirurgia, na grande maioria dos casos.
Para que serve o cortisol? Secretado pelas glândulas suprarrenais, esse hormônio é muito importante, pois prepara o corpo para as ações do dia a dia, gerando energia, além de regular nosso sistema imunológico, entre muitas outras funções. “A nossa produção de cortisol é alta de manhã, ao longo do dia ela vai gradativamente se reduzindo – durante as refeições há um pequeno aumento de cortisol – e já à noite, quando vamos dormir, o cortisol está bem baixo, esse é o ritmo circadiano do cortisol”, explica Dr. Sonir.
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