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Estou com um nódulo na tireoide,e agora?

Não há motivo para pânico:cerca de 4 a 7% das mulheres e 1 % dos homens apresentam nódulos tireoidianos palpáveis. Nesse caso, o nódulocostuma termais que 1 cm, eo endocrinologista avaliará o funcionamento da tireoide solicitando o exame de sangue chamado TSH etambém o exame de ultrassonografia da glândula.

“Nódulo de Tireoide” é o tema da campanha para o Dia Internacional da Tireoide, glândula em formato de borboleta localizada no pescoço na área popularmente conhecida como “pomo-de-adão” e que produz dois hormônios a TRIIODOTIRONINA (T3) e a TIROXINA (T4). A tireoide será tema de simpósio durante o 12º Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia- XII COPEM, que será realizado de 25 a 27 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

E como saber se há risco de câncer? -Cerca de 85 a 90% desses nódulos são benignos. São fatores de risco de malignidade: história de radiação na região cervical, história familiar de câncer de tireoide em parentes de primeiro grau, crescimento rápido do nódulo, presença de adenomegalias (“ínguas”) na região do pescoço e rouquidão.

  1. Como saber se meu nódulo é benigno ou maligno?
    As características ultrassonográficas do nódulo direcionarão para o caráter maligno ou benigno do nódulo.
  2. Quando fazer a punção-biópsia da tireoide?
    Nem todo nódulo precisa ser puncionado. São as características ultrassonográficas que determinarão se necessitará realizar a Punção Aspirativa com Agulha Fina da Tireoide também denominada de PAAF.
  3. Todo nódulo da tireoide deve ser operado?
    Não. Apenas os nódulos positivos ou fortemente suspeitos para malignidade pela PAAF.
  4. O que fazer se o resultado da PAAF for benigno?
    Se benigno, ele será acompanhado pelomédico para avaliar se há crescimento ou alteração nofuncionamentoda tireoide.


III O MEU NÓDULO É CANCER E AGORA?

  1. Qual o primeiro passo diante do diagnóstico de câncer de tireoide?
    Se for diagnosticado câncer da tireoide é necessário saber qual o tipo de câncer.
  2. Quais os tipos de câncer que existem?

    • a. Papilífero – mais comum e está presente em 80% das pessoas com câncer da tireoide. Geralmente cresce lentamente e muitas vezes se espalha para os gânglios linfáticos no pescoço. Espalhar para os pulmões e ossos é raro. Duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens e ocorre mais comumente em indivíduos adultos jovens (30-50 anos).
    • b. Folicular – é o segundo mais comum e está presente em 10 a 15% dos casos. A disseminação é para os pulmões ou ossos. Mais frequente em mulheres que em homens (2 vezes) e acomete indivíduos mais velhos (40-60 anos).
    • c. Medular – menos comum e ocorre em 5% dos casos. Quando não se espalha para além da tireoide o paciente tem 90% de chance de sobreviver. . Em 1/4 dos casos pode ocorrer em outros membros da família e requer a avaliação genética.
    • d. Anaplásico é a forma menos comum, eocorrendo em 1 a 2% dos casos, além de sero mais agressivo. A chance de sobrevida é de 6 a 12 meses. Afeta mais homens que mulheres e pessoas com mais de 65 anos.
  3. O câncer de tireoide é agressivo?
    Geralmente não. O papilifero cresce lentamente e se detectado enquanto muito pequeno e confinado à glândula tireoide, a taxa decura é próxima de 100%. O Folicular também tem alta taxa de cura (95%) se o tumor for pequeno e restrito à tiroide, particularmente em indivíduos mais jovens.O medular e anaplásico são os mais agressivos mas, felizmente, são mais raros.
  4. Como é o tratamento do câncer da tireoide?
    O tratamento varia, dependendo do tipo de câncer e se ele se espalhou. As opções de tratamento incluem:

    • e. Cirurgia – O cirurgião remove parte ou, mais comumente, toda sua glândula tireoide, e nódulos linfáticos anormais. Alguns cirurgiões também removem os linfonodos próximos, mesmo se eles não estiverem visivelmente anormais. Após a cirurgia, o paciente deverátomar hormônio tireoidiano para o resto de sua vida para substituir os hormônios da tireoide que não pode mais produzir.
    • f. Terapia com iodo radioativo – Esse tratamento consiste em ingerir uma pequena quantidade de iodo radioativo para destruir o tecido tireoidiano não removido pela cirurgia. O iodo radioativo também pode tratar o câncer de tireoide que se espalhou para os nódulos linfáticos e outras partes do corpo.
  5. Tenho que fazer quimioterapia e radioterapia?
    A quimioterapia só é indicadapara os tumores anaplásicos, mas raramente é curativa A radioterapia também não é comum no tratamento do câncer da tireoide. É usada apenas para algumas pessoas que têm câncer avançado e não podem fazer cirurgia,eque podem beneficiar-se de alguma forma de radiação externa.
  6. Como será minha vida com câncer da tireoide?
    Sua vida será normal. Dependendo do tipo de câncer e do estadiamento estará curado
  7. Como vai ser depois da cirurgia para a retirada da tireoide?
    Após a cirurgia para a retirada da tireoide a vida será normal. A pessoausará a levotiroxina diariamente na dose adequada para uma vida saudável . Usará essa medicação todo dia de manhã, meia hora antes do café da manhã. O seu médicoseguirá adequadamente o tratamento

A Triiodotironina (T3) e a Tiroxina (T4) são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), crescimento, desenvolvimento, fertilidade e reprodução. Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, funcionamento intestinal e no metabolismo.

VOCÊ SABIA

  • A tireoide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como “pomo-de adão”
  • A tireoide produz dois hormônios a TRIIODOTIRONINA (T3) e a TIROXINA (T4)
  • Esses hormônios são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), crescimento, desenvolvimento, fertilidade e reprodução.
  • Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, funcionamento intestinal e no metabolismo.
  • As principais doenças que afetam a glândula são: hipotireoidismo (função diminuída), hipertireoidismo (aumento de função), tireoidites (processos inflamatórios) e nódulos na tireoide (benignos ou malignos).
  • O hipotireoidismo é mais comum em mulheres na pós-menopausa
  • O diagnóstico do hipotireoidismo congênito é realizado por meio do exame do pezinho nos primeiros dias de vida
  • Durante a gravidez o hipotireoidismo não diagnosticado e não tratado pode se associar com complicações à gestação e ao feto
  • Na gestação, o diagnóstico deve ser feito no primeiro trimestre
  • Em crianças o hipotireoidismo atrapalha o rendimento escolar se não tratado adequadamente
  • Os nódulos de tireoide são muito frequentes e podem afetar 50 a 60 % da população

II EU TENHO UM NÓDULO NA TIREOIDE. E AGORA?


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A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.

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