NOTÍCIAS

Dia de celebração da ciência paulista baseada em evidência 

As cerimônias de abertura do COPEM sempre são muito especiais. E não poderia ser diferente neste dia 08/05, data que coincide com o surgimento da fumaça branca no céu do Vaticano. E foram muitos os momentos marcantes na sala 1 do 4º andar, no Centro de Convenções Frei Caneca. 

A começar pela presença do Dr. Neuton Dornelas Gomes, presidente da SBEM. “É muita honra poder estar aqui. Quando vemos a história de São Paulo, notamos a ciência da Endocrinologia, que advém, principalmente, desta cidade”, comentou ele.  

Oportunidade e privilégio. Essas foram as palavras escolhidas por Dr. Adriano Namo Cury, presidente do 16º COPEM, para descrever seu agradecimento. O endocrinologista – que fez parte da diretoria da Regional São Paulo por mais de 1 década – destacou os desafios na organização do #COPEM2025 gerados pelas constantes movimentações no mundo, seja na geopolítica ou na transformação da informação as quais, por sua vez, trazem contratempos inesperados. “Apesar dos desafios, quando estou no COPEM, me sinto em casa. Mesmo com o mundo em tanta transformação, conseguimos preservar a alma do COPEM e acolher o congressista. Hoje é um momento de celebração”. 

Dr. João Eduardo Nunes Salles, presidente da Comissão Científica – cuja programação tem sido bastante elogiada pelos congressistas nos corredores do evento – comentou sobre os esforços em montar uma grade científica que congregasse endocrinologistas da capital e do interior, sempre tendo como norte a inovação científica e o jovem pesquisador. E ressaltou “Nós fazemos a Medicina baseada em evidência, porém outros fazem a Medicina baseada em faturamento, o que tem sido bastante desgastante a todos nós. A Comissão Científica tem esse mérito de manter a inovação e trazer temas práticos, o que tem sido bastante repercutido pelo público desta edição do evento.” 

Dra. Carolina Ferraz, vice-presidente da Comissão Científica disse que foi “uma amiga que mexeu na panela do grande banquete científico” promovido pelo Dr. Salles. Muito emocionada, Dra. Carolina comentou sobre os desafios nos “30 minutos da prorrogação”, e agradeceu a todos que enviaram trabalhos, aos colegas que a ajudaram nas longas noites de reuniões e trouxe números significativos: 

– Foram 233 trabalhos submetidos; 

– 226 trabalhos aprovados; 

– 191 para poster – com 15 indicações para premiação, que acontece amanhã, 10/05; 

– 20 trabalhos aprovados para tema livre. 

Dr. Felipe Henning Gaia, que presidiu a Comissão Organizadora, atuou em vários papéis: foi o tesoureiro e curador de toda montagem do evento (cuidando pessoalmente de vários detalhes no dia que antecedeu ao COPEM). Mas não parou por aí: além de dar aulas no congresso, também atuou como o mestre de cerimônias desta noite. “Nossa obrigação é oferecer a vocês, congressistas, o que há de melhor, pois sem vocês não haveria o COPEM”. 

Premiações 

Apresentado pela Dra. Maria Tereza Nunes, o Prêmio Jovem Pesquisador SBEM-SP foi concedido à Dra. Caroline Serrano do Nascimento. “Meu maior trabalho científico é minha filha, Beatriz”, comentou Dra. Caroline, que atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Ciências Biológicas, no Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (veja o CV dela aqui https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/66988/caroline-serrano-do-nascimento/

Em figurino de tapete vermelho, Dr. Sergio Maeda e Dra. Monique Ohe anunciaram o Prêmio Pesquisador Senior SBEM-SP à Dra. Marise Lazaretti Castro. Ambos, com mais de 20 anos de trabalho ao lado da Dra. Marise, se emocionaram muito e destacaram em números a imensa trajetória da premiada: 210 artigos completos, 57 capítulos de livro, Orientação de 26 teses de mestrado (mais 1 em andamento), 26 teses de doutorado (mais 5 em andamento) e 3 pós-doutorados. 

Muito aplaudida e ao lado do marido (o também médico, Dr. Fábio Morato Castro, alergista e imunologista), dos três filhos e do primeiro neto, Antonio, Dra. Marise encerrou a cerimônia muito emocionada frisando “cada pessoa tem brilho único. Cabe a nós, docentes, abrir caminho para que as pessoas brilhem (…) gratidão pelo tempo vivido e pelas pessoas encontradas”.