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Consumo de lacticínios diminui o risco de fraturas

Recentemente foi publicado o Calcium Map, que fez um levantamento mundial acerca da ingestão de cálcio, e o Brasil aparece com dois estudos que apontam que a ingestão média do brasileiro é de 505 mg ao dia. Apenas para se ter uma referência, em adultos com mais de 70 anos o ideal é 1.000 a 1.200 mg ao dia.

“O cálcio advindo de leites, queijos e iogurtes, principais fontes desse mineral vital para a saúde óssea, é necessário não apenas para os ossos, mas para vários processos metabólicos importantes como contração muscular e cardíaca, transmissão de sinais nervosos, secreção de substâncias, coagulação, entre outros. Se há restrição na ingestão de cálcio, o corpo começa a retirar do osso, que é o principal reservatório e isto provoca perda óssea.”, explica Dr. Sergio Setsuo Maeda, endocrinologista da SBEM-SP.

O médico alerta para que as pessoas tenham cuidado com as informações sem fundamentação científica sólida que não recomendam ingestão de leite sob alegação de que este alimento seja fonte de alergias ou má digestão. Ele acrescenta ainda que uma revisão sistemática recente apontou que o maior consumo de lacticínios diminui o risco de fraturas vertebrais e tem efeitos positivos na massa óssea.

O endocrinologista reforça que o consumo exagerado de proteína animal pode prejudicar a absorção de cálcio, assim como o ferro suplementar, e faz alerta a veganos e alérgicos à proteína do leite de vaca. “A dieta vegetariana e a vegana são pobres em cálcio. Para quem tem intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca (APLV) também fica difícil ter a quantidade mínima necessária. Nestas situações é necessária a suplementação com sais de cálcio”.

A ingestão de cálcio é importante durante toda a vida, mas principalmente em momentos críticos como a infância (quando o esqueleto está em desenvolvimento), a lactação (se a mãe faz restrição, há perda óssea importante e até com risco de fraturas) e naqueles com osteoporose (é base para o tratamento e a melhor eficácia dos medicamentos anti-osteoporose).