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Confinamento – estresse afeta quem sofre de obesidade

“Planejamento já é muito importante para mudança de hábito de vida, mas em situação de confinamento, em razão do coronavírus, além de planejar horários de acordar, se exercitar e fazer tarefas ao longo do dia, é necessário não se esquecer do planejamento sobre o que se vai comer”, comenta a Dra. Maria Edna de Melo, endocrinologista especialista em obesidade da SBEM-SP.

Ela explica que isso é uma recomendação geral, mas deve ser seguida principalmente pelos pacientes em tratamento contra a obesidade. Isso porque uma vez confinados, esses pacientes têm sua rotina alterada e o estresse causado por essa situação é apenas uma das pontas que desencadeia o consumo exagerado de calorias. Além disso, dentro de casa, eles podem se sentir mais estimulados a comer fora de hora, por isso a necessidade de planejamento para as refeições.

“É muito importante se manter dentro do tratamento, ficando atento ao que se come e à evolução do peso. Caso pare de perder ou até ganhe peso, uma boa estratégia é fazer o automonitoramento da comida ingerida através de aplicativos”, alerta Dra. Maria Edna, que recomenda a companhia de aplicativos para prática de atividade física, além de filmes, séries e livros como aliados nesse novo cenário.

Doenças crônicas – A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e recidivante. Outras comorbidades estão associadas a ela como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. “Nós endocrinologistas cuidamos de pacientes com doenças crônicas e que necessitam de acompanhamento constante. Como o coronavírus nos impede de ter uma aproximação física justamente para salvaguardá-los, a telemedicina, ou seja, o atendimento à distância, passa a ser uma saída importante”, finaliza a especialista.