Conforme especificações do tumor, endocrinologista defende apenas o acompanhamento
Em cada mil casos de câncer de tireoide apenas um evolui clinicamente e, por isso, a cirurgia não precisa ser a primeira opção. “É preciso ter calma para avaliar se estamos diante de um tumor que vai evoluir ou não”, comenta Dra. Laura Ward, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (). Ela é uma das especialistas em tireoide que defende que a cirurgia não deve ocorrer imediatamente, considerando o tamanho e aspecto na citologia e ultrassom do carcinoma papilífero da tireoide.
De acordo com a endocrinologista, a própria American Thyroid Association (ATA) vem classificando o risco de mortalidade de recorrência e todas as evidências e estatísticas atuais mostram que não faz diferença operar imediatamente após o diagnóstico de câncer ou depois que o nódulo aumentar ou criar linfonodos. “Posso simplesmente observar nódulos únicos de até 2 cm pela ultrassonografia de seguimento a cada 6 ou 12 meses”.
Infecções pós-operatórias, hipoparatireoidismo (que causa queda dos níveis de cálcio no sangue), comprometimento das cordas vocais e necessidade de ingestões diárias de hormônios tireoidianos pelo resto da vida são apenas algumas das eventuais consequências da cirurgia que, na maioria das vezes, é desnecessária.
Nódulos de tireoide vêm sendo cada vez mais diagnósticos por causa do ultrassom de tireoide e outros exames tais como tomografia, angiografia que são realizados para examinar estruturas do pescoço, por exemplo. É comum a descoberta de nódulos porque eles são muito frequentes. Os consensos apontam que nódulos espongiformes não devem ser puncionados, pois há grandes chances de serem benignos. Os do tipo isoecoicos só devem ser puncionados quando maiores de 1,5 cm.
Cerca de 4% a 7% das mulheres e 1 % dos homens apresentam nódulos tireoidianos palpáveis. Nesse caso, costuma ter mais que 1 cm, e o endocrinologista avaliará o funcionamento da tireoide solicitando o exame de sangue chamado TSH e também o exame de ultrassonografia da glândula.
E como saber se há risco de câncer? Cerca de 85% a 90% desses nódulos são benignos. São fatores de risco de malignidade: história de radiação na região cervical, história familiar de câncer de tireoide em parentes de primeiro grau, crescimento rápido do nódulo, presença de adenomegalias (“ínguas”) na região do pescoço e rouquidão.
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