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Amamentar pode reduzir risco de diabetes em mães e filhos

“O aleitamento materno tem sido associado com benefícios ao metabolismo da glicose, tanto para mãe, quanto para o bebê no longo prazo. Estudos mostram: bebês que são amamentados têm menor risco de desenvolver diabetes tipo 1 e, no longo prazo, diabetes tipo 2 e obesidade”, explica Dra. Bianca de Almeida Pititto, médica epidemiologista e palestrante do 16º Congresso paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM2025.

Segundo ela, mulheres que tiveram diabetes gestacional – e por isso apresentam risco 10 vezes maior de ter diabetes tipo 2 ao longo da vida – podem se beneficiar muito do aleitamento materno, pois ele funciona como fator protetivo contra esse alto risco. Isso evita que mais mulheres entrem para as estatísticas do diabetes tipo 2 – veja aqui  Atlas IDF 2025.

E como um período tão curto – 4 meses de aleitamento exclusivo ou 6 meses – pode impactar a saúde de mães e filhos para o resto da vida?

“Os estudos sobre mecanismos ainda estão evoluindo. Entretanto, para os bebês, fala-se em alteração do metabolismo da glicose, um dos mecanismos seria até por micro RNAs que passam pelo leite materno, contudo pode também ser por microbiota intestinal, ou por essas crianças que são amamentadas terem uma capacidade de maior diversidade no paladar, com uma alimentação mais rica em frutas, verduras, com sabores diferentes. Esses são alguns dos mecanismos propostos e que ainda estão sendo estudados”, explica Dra. Bianca.

Outros estudos mostram que, já nos primeiros meses em que a mãe está amamentando, o metabolismo da glicose nela é melhor, comparado às mães que não fizeram aleitamento. A médica e pesquisadora esclarece que há uma hipótese de serem mecanismos relacionados com a redução do status inflamatório, por exemplo, ou se a prolactina, que é estimulada na amamentação, teria um impacto benéfico no metabolismo da glicose.