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18/10 é o Dia Mundial da Menopausa

“É possível ser feliz durante o climatério e após a menopausa! Os sintomas têm tratamento. Invista em dieta saudável e atividade física para evitar doenças cardiovasculares e osteoporose, e para viver plenamente saudável!”, recomenda a Dra. Rosália Padovani, endocrinologista da SBEM-SP.

A menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece dos 45 aos 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da mulher. Cerca de 70% das mulheres atingem a menopausa espontânea ao redor dos 50 anos. Deve-se afirmar que a mulher chegou na menopausa quando ela completa um ano sem menstruar.

O climatério, também chamado de perimenopausa, começa alguns anos antes e vai até alguns anos após a menopausa em si, sendo marcado em particular pela queda dos hormônios femininos: estrogênio e progesterona.

Essa fase pode durar muito tempo e a mulher pode apresentar alguns desses sintomas devido, principalmente, à queda do estrogênio: insônia, variação de humor, irritabilidade, dores de cabeça, irregularidade menstrual, secura vaginal, fogachos (calores). As mulheres ainda podem apresentar episódios de sangramento que tendem a ser irregulares e inconstantes. Algumas menstruam várias vezes no mês ou, às vezes, a cada dois, três meses ou até mais.

Quando a menopausa acontece antes dos 40 anos, é denominada menopausa precoce, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares (infarto e derrame) e osteoporose, e por isso precisa de acompanhamento. A ciência tem demonstrado que o cigarro está associado à antecipação da menopausa, que pode ocorrer nas mulheres fumantes até dois anos antes da data que seria a esperada para a última menstruação. Os sintomas de menopausa têm tratamento e devem ser avaliados com o acompanhamento de um endocrinologista, em conjunto com o ginecologista.

O tratamento se baseia inicialmente em orientações de mudanças de estilo de vida: dieta saudável, atividade física regular, manutenção do peso adequado e suspensão do tabagismo. A terapia hormonal com estrógenos representa a forma mais efetiva de tratar os sintomas da menopausa. A dose da terapia hormonal e forma de administração (comprimidos, gel, adesivos, creme vaginal), assim como os riscos e benefícios do tratamento, devem ser avaliados de forma criteriosa pelo médico que vai acompanhar a paciente.

“Mas nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Esse tratamento deve ser individualizado. São consideradas contraindicações absolutas: cânceres de mama e de endométrio, tromboembolismo, hepatopatias agudas e sangramento uterino (hemorragia genital) sem causa identificada”, finaliza a endocrinologista.