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1º de Setembro: Dia do Endocrinologista

 

 Hoje é comemorado o Dia Nacional do Endocrinologista, e neste ano, a SBEM-SP chama atenção para a necessidade de consultar as informações de médicos no Conselho Regional de Medicina (em São Paulo é o CREMESP) e a importância de todos os profissionais da especialidade obterem o RQE (Registro de Qualificação de Especialista).

Além de residência em Endocrinologia e Metabologia, o profissional com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) está apto a obter o RQE por meio da prova de título de especialista, que é realizada anualmente pela SBEM. O RQE deve ser solicitado nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM).

Para o médico, ter o RQE fortalece e valoriza a ação do especialista. Para o paciente é a garantia que ele está sob os cuidados de um médico especialista, habilitado para diagnosticar e tratar das doenças que envolvem a Endocrinologia.

Aqui no nosso site é possível fazer a busca por um endocrinologista filtrando por nome ou localidade.

Abaixo, seguem as principais áreas de atuação desse profissional.

Adrenais – as glândulas adrenais (ou suprarrenais) se localizam no abdômen, próximas aos rins. São divididas em duas camadas: externa ou córtex e a interna ou medula. A camada externa se divide em três zonas, e cada uma secreta um tipo diferente de hormônio esteroide: aldosterona, cortisol e androgênios. As doenças que afetam essa camada podem resultar em falta ou excesso de um ou mais desses esteroides. A medula adrenal secreta as catecolaminas, principalmente adrenalina e noradrenalina.

Colesterol – O colesterol é essencial para a formação das membranas de nossas células, síntese de hormônios (testosterona, estrogênio e cortisol), produção da bile e mielina e metabolismo de algumas vitaminas. Aproximadamente 70% do colesterol é produzido pelo nosso organismo e 30% é proveniente da dieta. O colesterol não se dissolve no sangue, necessitando de transportadores (LDL e HDL). Quando os níveis de colesterol estão elevados, eles se tornam prejudiciais, acumulando-se nas paredes das artérias, formando placas, restringindo o fluxo sanguíneo, desencadeando infarto e disfunção erétil.

Diabetes – Doença heterogênea que se apresenta com hiperglicemia (aumento da glicose ou açúcar no sangue), o diabetes atinge mais de 10% da população mundial, em torno de 14,3 milhões de pessoas no Brasil. Cinquenta por cento não sabem que podem ter diabetes, enquanto a maioria que sabe está com a doença mal controlada e correndo risco de complicações gravíssimas, como infarto, derrame, cegueira, amputações, perda da função dos rins e até mesmo morte prematura.

Distúrbios da Puberdade – O período normal de puberdade pode variar entre oito e 14 anos, em média, nas meninas, e entre 10 e 15 nos meninos, com uma grande variação dentro de um mesmo grupo e de acordo com a etnia, mas com tendência a manter um padrão familiar genético. O aparecimento de mamas em meninas antes dos oito anos de idade e o desenvolvimento dos testículos antes dos nove anos e seis meses nos meninos deve ser avaliado cuidadosamente para esclarecer se a criança apresenta precocidade sexual.

Hipófise – Conhecida também como pituitária, a hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro que tem as funções de regular o trabalho das glândulas suprarrenal, tireoide, testículos e ovários, produzir o hormônio importante para a lactação (prolactina), o hormônio do crescimento, o hormônio antidiurético e o hormônio chamado oxitocina, importante para o trabalho de parto. Várias doenças podem acometer a hipófise, levando à diminuição ou produção excessiva de seus hormônios. Entre as principais doenças da hipófise, temos: adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, acromegalia, doença de Cushing, prolactinoma, diabetes insípidus (diferente do diabetes mellitus) e hipopituitarismo.

Hipogonadismo Masculino – A partir dos 30 anos de idade, ocorre uma lenta e gradual diminuição dos níveis de testosterona (principal hormônio masculino) e, com o envelhecimento, é desencadeado o hipogonadismo em 20% dos homens. As principais queixas se caracterizam pela diminuição do desejo sexual, irritabilidade, aumento da gordura abdominal, diminuição da ereção matinal, diminuição da massa e força musculares, reduzindo a disposição para a realização de atividade física. A presença desses sintomas, acompanhada da redução da testosterona, caracteriza o hipogonadismo masculino.

Obesidade – É o excesso de gordura corporal em quantidade que determine prejuízos à saúde. A obesidade apresenta inúmeras complicações, e, de acordo com a tendência individual, ela pode desencadear, por exemplo, artrose, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico, apneia do sono e alguns tipos de câncer. A obesidade leva as pessoas a viverem menos e com pior qualidade de vida.

Crescimento – Desde o período intrauterino até ser atingida a altura final, existe um padrão de normalidade de ganho de comprimento ou estatura. Esse padrão é evidenciado pela velocidade de crescimento (ganho em centímetro por ano). Alteração do crescimento é quando esse ritmo fica para menos ou para mais. Uma criança ou adolescente com redução de crescimento poderá ter baixa estatura (abaixo do mínimo considerado normal para a idade). Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito antes de se instalar a baixa estatura. Por outro lado, uma criança ou adolescente que cresça muito mais que o esperado para a idade poderá ter alta estatura.

Alterações Menstruais – Durante a fase reprodutiva, as mulheres apresentam uma perda cíclica de sangue vaginal que se denomina menstruação. A frequência média de cada menstruação é em torno de 28 dias, podendo variar de 21 a 35 dias. A duração média é quatro dias, variando de dois até sete dias. Nos primeiros dois anos após a primeira menstruação e no período da perimenopausa (a partir dos cinco anos que antecedem a última menstruação), os ciclos podem ficar irregulares. Alterações na frequência, duração, volume do fluxo menstrual e até mesmo ausência da menstruação são sinais clínicos que demandam investigação.

Menopausa – A menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece ao redor 45 e 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Isso significa o  estoque de óvulos que foram liberados desde a puberdade, mês a mês, ao longo de 30, 35 anos terminou. O período que se segue é chamado de climatério. Quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, é denominada menopausa precoce. Isso acontece por inúmeras causas, sendo as mais comuns a herança genética, a exposição ambiental a agressores (por exemplo, radiação, quimioterapia), entre outras. A menopausa precoce pode aumentar o risco de doenças como osteoporose e as cardiovasculares (infarto e derrame).

Osteoporose – Decorre da diminuição da quantidade de cálcio no esqueleto e está relacionada ao maior risco de fraturas, principalmente na coluna, quadril e punho. Em geral, a doença é assintomática, sendo detectada pelo exame de densitometria óssea. 

Tireoide – A glândula tireoide, com formato semelhante a uma borboleta, fica no pescoço, logo abaixo da saliência popularmente conhecida como pomo de adão. A principal função da tireoide é a produção de dois hormônios, denominados T3 e T4, que agem em praticamente todas as funções orgânicas, como controle dos batimentos cardíacos; transmissões cerebrais, com influência sobre o humor, memória, atenção, concentração, raciocínio e inteligência; força muscular e metabolismo do tecido adiposo (gordura); controle da produção e consumo de energia, manutenção da temperatura corpórea e mecanismos de adaptação ao frio; formação e renovação do osso; movimentos das alças intestinais (peristaltismo); crescimento; ciclo menstrual e fertilidade, entre outras. A tireoide pode ser afetada por problemas em sua produção hormonal ou por alterações em sua estrutura anatômica. Quando a produção dos hormônios tireoidianos está diminuída, condição chamada de hipotireoidismo, todas as funções orgânicas desaceleram e o organismo passa a trabalhar em ritmo mais lento. Por outro lado, quando há um aumento não controlado da produção hormonal, condição chamada de hipertireoidismo, todas as funções orgânicas ficam aceleradas.