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FDA aprova 2ª fase para teste de uso da vacina BCG contra diabetes

Após quase 20 anos de estudos, a pesquisadora do Hospital Geral de Massachusetts, Denise Faustman, MD, PhD, fez um avanço promissor na busca da cura para o diabetes tipo 1.

Recentemente, sua equipe recebeu a autorização da FDA (Food and Drug Administration) para realizar testes em um grupo de diabéticos de longa duração com a BCG, antiga vacina contra a tuberculose que também poderia combater o diabetes tipo 1.

O teste de fase 2 da vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) foi anunciado no mês passado em uma conferência da American Diabetes Association em Boston. A equipe de pesquisadores liderada pela Dra. Faustman já está recrutando cerca de 150 pacientes adultos para participar do teste, que começa ainda em 2017 e deve durar por cinco anos. A vacina BCG usada na fase 2 da pesquisa será produzida pelo governo japonês.

O BCG foi utilizado pela primeira vez como vacina contra a tuberculose e, mais recentemente, contra câncer de bexiga. A Dra. Faustman começou a experimentar a vacina no início dos anos 90. Ela estava interessada em como a BCG desencadeia o sistema imunológico para produzir uma proteína que mata as células T anormais que impedem a capacidade de produzir insulina no pâncreas.

Financiamento – O apoio do CEO da Chrysler, Lee Iacocca, foi fundamental para a continuidade da pesquisa. Depois de perder sua esposa por complicações do diabetes, a fundação de caridade de Iacocca começou a apoiar a pesquisa da Dra. Faustman e, em 1999, testes foram expandidos para ratos, com a promessa de financiamento contínuo.

“Nós curamos um rato diabético em fase tardia e vimos regeneração pancreática. Ninguém tinha visto isso antes”, comenta a Dra. Faustman. Isso levou a um pequeno estudo de fase 1 em pessoas para ver se BCG poderia destruir as células T ruins e induzir as boas a produzir uma pequena quantidade de insulina. Essa fase foi bem sucedida, levando a esta próxima etapa: uma pesquisa mais longa em um número maior de pessoas que tiveram diabetes tipo 1 por anos.

A equipe de pesquisadores administrará, com quatro semanas de intervalo, duas injeções de BCG ou um placebo, além das injeções anuais nos quatro anos restantes. Os participantes da prova – de 18 a 60 anos – precisam ter níveis baixos, mas detectáveis, de secreção de insulina do pâncreas para se qualificarem para testes. Se o experimento for bem sucedido, o time da Dra. Faustman realizará uma terceira fase com um grupo maior de pessoas.

Fonte: diabetesresearchconnection.org